Esta perturbação caracteriza-se pela presença de pensamentos, impulsos ou imagens mentais que aparecem de forma persistente, sendo geradores de ansiedade pelo formato intrusivo e incontrolável, as obsessões. Estas, estando associadas a níveis elevados de ansiedade, tentam ser ignoradas ou anuladas por parte do indivíduo através da realização de uma compulsão. As compulsões caracterizam-se por comportamentos repetitivos ou atos mentais que tem como objetivo reduzir o mal-estar sentido ou prevenir algum acontecimento ou situação temidos.No caso das crianças e adolescentes nem sempre é fácil identificar a presença de sintomas característicos desta perturbação.

No caso das crianças a identificação de sinais de alerta não é fácil, uma vez que, sobretudo, em idades mais precoces, é difícil identificar a presença de pensamentos e as obsessões são dificilmente vistas como sem sentido; e os comportamentos ritualizados podem encarados como “manias” por parte dos próprios e dos outros. Neste sentido, é comum a queixa inicial ser a presença de sensações fisiológicas ou alterações comportamentais associadas à presença de ansiedade. Por vezes os sintomas podem passar desapercebidos pelo facto de aparentemente não se relacionarem entre si e, por isso, torna-se fundamental uma avaliação sempre que existam sinais impactantes no funcionamento diário e indicadores de sofrimento psicológico.